A saga e o sofrimento do outro senegalês: a construção do racismo em representações midiáticas da migração
DOI:
https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i138.3567Palavras-chave:
representações, mídia, migrações, racismoResumo
O artigo investiga a representação midiática da migração senegalesa no Brasil, situando a discussão na perspectiva de identidade, representação, diáspora e racismo. Para isto, parte de mapeamento da cobertura da mídia sobre a presença migratória de senegaleses no Rio Grande do Sul, com análise de conteúdo de 145 matérias em sites de oito jornais entre 2014 e 2015, para aprofundar a análise em reportagem do jornal Zero Hora, representativa sobre a chegada de novos fluxos migratórios ao país. Identificamos que, mesmo que se proponha a mostrar de maneira humanizada a situação dos migrantes, a reportagem ainda o faz a partir de referentes que reforçam a associação entre vitimismo e migração, indicando uma construção midiática que naturaliza as diferenças entre nós, nacionais, e o outro, migrante negro.Referências
Bhabha, H. (2003). O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Brignol, L. D. (2016). Senegaleses na mídia: representações de novos fluxos migratórios para o Rio Grande do Sul. Revista Latinoamericana de Ciencias de La Comunicación, v. 12, p. 70-81. https://bit.ly/2QdAdD8.
Chevalier-Beaumel, E, & Morales, O. G. (2012). Aproximación etnográfica a la nueva migración africana en Argentina. Circulación y saberes en el caso de los senegaleses arriba dos en las últimas dos décadas. Astrolabio, v. 1, n. 8, p. 381-405. https://bit.ly/2xGrlim.
Cogo, D. & Brignol, L. (2015). Reposicionando o nacionalismo metodológico: migrações, transnacionalismo e as pesquisas em consumo e recepção. In: Sodré, M.; Rocha Pêssoa Temer, A. C. & ElHajji, M. (Org.) Diásporas urbanas e subjetividades móveis: migrantes, viajantes e transeuntes. 1ed.Goiânia: Gráfica UFG. v. 1. p. 149-170.
ElHajji, M. (2011). Mapas subjetivos de um mundo em movimento: Migrações, mídia étnica e identidades transnacionais. Revista Eptic. Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y de la Comunicación. v. XIII. n. 2. mai-ago. https://bit.ly/2NMgvRS.
Fanon, F. ([1952] 2008). Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba).
Gilroy, Paul. (2012). O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34.
Hall, S. (1997). A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 22, nº2, jul./dez. p. 15-46.
Hall, S. (2003). Da diáspora: identidade e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG.
Hall, S. (2010). El trabajo de la representación. In: Hall, S. Sin garantías: Trayectorias y problemáticas en estudios culturales. Instituto de estudios sociales y culturales Pensar, Universidad Javeriana Instituto de Estudios Peruanos Universidad Andina Simón Bolívar, sede Ecuador Envión Editores.
Hall, S. (2010). El espectáculo del “Otro”. In: Sin garantías: Trayectorias y problemáticas en estudios culturales. Instituto de estudios sociales y culturales Pensar, Universidad Javeriana Instituto de Estudios Peruanos Universidad Andina Simón Bolívar, sede Ecuador Envión Editores.
Hall, S. (2010). La cultura, los medios de comunicación y el “efecto ideológico”. In: Sin garantías: Trayectorias y problemáticas en estudios culturales. Instituto de estudios sociales y culturales Pensar, Universidad Javeriana Instituto de Estudios Peruanos Universidad Andina Simón Bolívar, sede Ecuador Envión Editores.
Hall, S. (2016). Cultura e representação. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio/Apicuri.
Heredia, V. (org.). (2015). Migrações internacionais: o caso dos senegaleses no Sul do Brasil. Caxias do Sul: Belas Letras.
Kleidermacher, G. (2013). Entre cofradías y venta ambulante: una caracterización de la inmigración senegalesa en Buenos Aires. Cuadernos de Antropología Social, v. 1, n. 38, p. 109-130.
Redin, G., & Minchola, L. (2015). Proteção internacional de imigrantes forçados e a agenda brasileira. Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD, 4(8), 15-38. https://bit.ly/2R5dRVm.
Silverstone, R. (2005). Por que estudar a mídia? São Paulo: Edições Loyola.
Schwarcz, L. M. (2014). Nem preto, nem branco, muito pelo contrário. São Paulo: Claro Enigma.
Sodré, M. (1992). A abominação do outro. In: O social irradiado: violência urbana, neogrotesco e mídia. São Paulo: Cortez.
Tedesco, J. C. & Kleidermacher, G. (2017). A imigração senegalesa no Brasil e na Argentina: múltiplos olhares. Porto Alegre: EST Edições.
Van Dijk, T. (1997). Racismo y análisis crítico de los medios. Buenos Aires: Paidós.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- Los autores/as conservarán plenos derechos de autor sobre su obra y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia Reconocimiento-SinObraDerivada de Creative Commons (CC BY-ND), que permite a terceros la redistribución, comercial y no comercial, siempre y cuando la obra no se modifique y se transmita en su totalidad, reconociendo su autoría.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet.

