O silêncio dos afogados e o ethos jornalístico

Autores

  • Carlos André Echenique Dominguez Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Curso de Jornalismo, Pelotas (RS) - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i136.3277

Palavras-chave:

jornalismo, ethos, ambiente, hidrelétrica, imaginário

Resumo

Este artigo discute o silenciamento de vozes na produção de noticiário em jornais de Posadas, na Argentina (Primera Edición e Território Digital) e Porto Alegre, no Brasil, (Zero Hora e Correio do Povo) e investiga a cobertura realizada pelos veículos, de 2003 até 2014, em relação ao projeto de construção de duas hidrelétricas na fronteira entre os dois países, Brasil e Argentina, no rio Uruguai. O resultado dessa análise aponta a ausência da voz dos ribeirinhos atingidos pelo projeto. Conclui-se que o jornalismo dá uma grande contribuição para a discussão da complexidade ambiental.

Biografia do Autor

Carlos André Echenique Dominguez, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Curso de Jornalismo, Pelotas (RS) - Brasil

Professor Doutor do Curso de Jornalismo da UFPEL, Centro de Comunicação e Letras

Pelotas (RS) - Brasil

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Publicado

2017-12-31