Mídias sociais e produção de subjetividades: subversões de pessoas não-binárias através do Twitter
DOI:
https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i138.3174Palavras-chave:
subjetividade, singularização, sujeitos não-binários, subversão, TwitterResumo
Neste artigo investigam-se os processos de criação de subjetividade, singularização e subversão engendrados quando da utilização, por parte de pessoas autodeclaradas não-binárias, da hashtag #whatgenderqueerlookslike no Twitter. Através da articulação entre estudos sobre as mídias, estudos queer e teorizações de Deleuze e Guattari acerca da subjetividade, observa-se que houve uma apropriação empoderadora da rede social por parte dos sujeitos não-binários, que puderam manifestar através da internet seus engendramentos rizomáticos de subjetividade e singularização, bem como subversões, no âmbito da performatividade, que provocam tensionamentos nos padrões sociais definidores da relação linear entre sexo/gênero/desejo.
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