Memórias do deslocamento no documentário brasileiro: testemunho e paisagem em Aboio, de Marília Rocha

Autores

  • Gustavo Souza Silva Universidade Paulista

DOI:

https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i137.2753

Palavras-chave:

documentário, memória, testemunho, paisagem

Resumo

Este texto se propõe a debater as composições de uma memória do deslocamento no documentário brasileiro contemporâneo. Para isso, Aboio (Marília Rocha, 2005) será o objeto da análise que centrará as atenções nos aspectos sonoros (fala e canto) e imagéticos (paisagem) tomados aqui como espaços onde se localiza tal memória. A questão não se limita, porém, a apontar como som e imagem podem se apresentar como espaços de memórias, mas também identificar suas respectivas matérias-primas. A hipótese levantada é que o alicerce da memória do deslocamento neste documentário está na relação entre tradição e trabalho – tradição que se evidencia nos depoimentos e trabalho que preenche a paisagem.

Biografia do Autor

Gustavo Souza Silva, Universidade Paulista

Doctor en Ciencias de la Comunicación egresado de la ECA/USP, Brasil. Post-doctor de la Universidade Federal de São Carlos.

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Publicado

2018-08-31

Como Citar

Silva, G. S. (2018). Memórias do deslocamento no documentário brasileiro: testemunho e paisagem em Aboio, de Marília Rocha. Chasqui. Revista Latinoamericana De Comunicación, (137), 245–259. https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i137.2753