As transformações do Rio pré-olímpico: ecos nas paisagens sonoras da favela da Maré
DOI:
https://doi.org/10.16921/chasqui.v0i130.2564Palavras-chave:
Olimpíadas, etnografia, audição, estudos do somResumo
Neste artigo, exploramos as experiências urbanas cotidianas do Rio de Janeiro por meio de um sentido que é, muitas vezes, negligenciado: a audição. Adotando uma abordagem etnográfica, o objetivo é explorar as maneiras em que as transformações pelas quais a cidade vem passando no período que antecede as Olimpíadas ecoam nas paisagens sonoras da favela da Maré. Para investigar esses processos, combinamos perspectivas teóricas provenientes dos estudos do som e cultura auditiva, propondo uma interlocução entre cidades e sentidos. Nossa pesquisa indica que os sons urbanos epitomizam a alegria de viver, riqueza cultural e diversidade das cidades. Por esse motivo, é interessante notar que, na Maré, a arbitrariedade das forças de ocupação militar se manifesta precisamente através da supressão de sons.
Referências
Atkinson, P.; Delamont, S. & Housley. W. (2007). Contours of culture: Complex ethnography and the ethnography of complexity. Lanham, MD: Altamira Press.
Bull, M. & Back, L. (eds.) (2003). The Auditory culture reader. Oxford: Berg.
Carpes, G. (2013, 13 julho). RJ: Favelas pacificadas espantam bailes funk e atraem playboys. Recuperado de http://goo.gl/eUXIz.
Durán, M.A. (2008). La Ciudad compartida: Conocimiento, afecto y uso. Santiago: Ediciones Sur.
Erlmann, V. (ed) (2004). Hearing cultures: Essays on sound, listening and modernity. Oxford: Berg.
Hendy, D. (2013). Noise: A Human History of Sound and Listening. London: Profile Books.
Hilmes, M. (2005). Is there a field called sound studies? And does it matter? American Quarterly, 57(1), 249-259.
Husband, C. (2009). Between listening and understanding, Continuum: Journal of Media & Cultural Studies, 23(4), 441-443. Recuperado de http://goo.gl/h59GLR.
Laplantine, F. (1994). Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense.
Paiva, R. (2003). O Espírito comum: Comunidade, mídia e globalismo. Rio de Janeiro: Editora Mauad.
Pink, S. (2009). Doing Sensory Ethnography. London: Sage.
Poynter, G. & MacRury, I. (Eds) (2009). Olympic Cities: 2012 and the Remaking of London. London: Aldershot Ashgate Publishing.
Redes de Desenvolvimento da Maré, Observatório de Favelas (2011, fevereiro-março). Os Muros do Invisível: Uma Pesquisa sobre a Ação/Discurso Governamental e a Percepção dos Moradores das Favelas no Cenário dos Megaeventos no Rio de Janeiro. Recuperado de http://goo.gl/RwHbWF.
Schafer, R.M. (1997). A afinação do mundo: Uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo: Editora UNESP.
Sparkes, A. (2002). Autoethnography: self-indulgence or something else? Em Bochner, A. & Ellis, C. (Eds.), Ethnographically Speaking: Autoethnography, Literature and Aesthetics. Lanham: MD, Altamira Press.
Steiner, G. (1992). No Castelo do Barba Azul – algumas notas para a redefinição da cultura. Lisboa: Relógio D´Água.
UPP Governo do Rio de Janeiro (2016). O que é? (sem data) Recuperado de www.upprj.com/index.php/o_que_e_upp. Acesso em 18 de abril 2016.
Valente, J. L. (2014). UPPs: Observações Sobre a Gestão Militarizada de Territórios Desiguais. Revista Direito e Práxis 5(9), 207-225. Recuperado de http://goo.gl/XMRH7g.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- Los autores/as conservarán plenos derechos de autor sobre su obra y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia Reconocimiento-SinObraDerivada de Creative Commons (CC BY-ND), que permite a terceros la redistribución, comercial y no comercial, siempre y cuando la obra no se modifique y se transmita en su totalidad, reconociendo su autoría.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet.

